Quem sou eu

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Catanduvas, Santa Catarina, Brazil
Alguém... Nem tão complicada, nem tão simples. Alguém... Que adora ficar acordada na madrugada, que acompanha séries de TV, que cantarola qualquer coisa o dia todo, que não pode ver chocolate sem comê-lo, que ama o som da chuva, que sonha correr nas campinas da Itália, que se irrita com internet lenta. Alguém... Que gosta das coisas simples da vida como olhar uma criança brincar, ver as folhas das árvores cair, as nuvens criarem figuras, sentir nos pés a água gelada de um rio, que gostaria de ver um cometa ou uma estrela cadente, como chamamos. Alguém... Que faz as outras pessoas rirem, e muito, talvez pelo jeito estabanado de ser, pelas caretas esquisitas e pelas perguntas em horas impróprias. Alguém... Que agora toma emprestada as palavras inteligentes de Raul “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Amanhecer: recomeço

Eles se reencontraram em um amanhecer. Alguns dias antes de ela ir para longe, eram apenas amigos, depois de tudo. Embora, neste amanhecer, um olhar mudou tudo, algo acontecia em seus interiores, começando com uma leve friagem na barriga, mas, logo desviaram o olhar e encaminharam-se para uma despedida. No entanto, algo muito puro ficara no ar. Apenas um abraço e um largar de mãos, foi a cena que se deu. Cada um entrou no seu respectivo carro e dirigiram-se para suas casas. Quietos, ouvindo uma musica qualquer que lembrava muitas coisas, com algumas vontades em comum, mas muitas coisas para avaliar, antes de uma mudança de ideia em tão pouco tempo. Apenas abriram um leve sorriso e dormiram. Os dois dias que se seguiram foram estranhamente normais.
Ela seguiu seu rumo, sem saber se voltaria. Antes de dar o primeiro passo para dentro do avião passou em pequeno filme em sua mente, balançou a cabeça e se fez perder nas imagens. Voou até seu destino, encontrou seu novo lar e seguiu trabalhando. Fez amigos, foi aos consertos de rock, passou madrugadas acordadas. Viveu uma célebre paixão do jeito que sempre sonhara, foi muito feliz, sorriu de dentro para fora, cada vez que via o moço loiro e sorridente que se aproximava. Nunca fora tão completa.
Um dia, sua terra a chamou e com muito esforço teve que largar tudo o que construíra e voltar para suas raízes. A volta foi um pouco mais perturbadora. De volta, teria que se solidificar. Logo conseguiu um bom emprego em uma multinacional e continuou sua carreira.
Em um anoitecer caminhava pela cidade, com roupas esportivas, fone nos ouvidos, distraída bateu em alguém que também caminhava. Ao virar para pedir desculpas ela deu continuidade aquele olhar que havia se perdido à cinco anos atrás naquele amanhecer. Foi incrível, era como imã. As desculpas vieram juntas e gargalhadas. Logo, seguiram para uma mesma direção, diminuíram o passo e seguiram conversando, anoiteceu, tomaram um drink em um bar qualquer e decidiram ir para casa juntos, já que moravam na mesma direção. Pegaram uma chuvarada chegando em casa e riram muito disso tudo, ele pediu se ela queria esperar a chuva passar, ela resolveu aceitar. Subiram no elevador, agora quietos. Ela tomou um banho e vestiu uma camiseta dele. Saiu com os cabelos molhados e sentou no sofá, perto dele. Cruzaram um olhar que dizia mais que qualquer coisa. Ele falou o que sentiu e o que pensou naquele amanhecer, ela não falou nada, seria desnecessário para ele qualquer explicação, o olhar se estendeu. Ele foi chegando perto, eles ficaram muito perto um do outro, apenas sentindo suas peles e o respirar até que os lábios se tocaram e os olhos se fecharam. O som de Buckchery tomou conta da casa e os dois, finalmente se completaram, se deixaram levar. E, dessa vez, não se separaram no amanhecer.

domingo, 13 de março de 2011

Crise "escritorial"

Estou sofrendo de uma falta tremenda de imaginação ou inspiração. O fato é que eu necessito escrever, esta necessidade está gritando para que eu a cumpra. Não consigo simplesmente escrever sobre um ou outro assunto. A cabeça deste “projeto de escritor” está uma bagunça só, é um atropelo de informações sem fim. Oh, se eu pudesse ver com estes mesmos olhos que agora percorrem cada letra surgir na tela desse monitor as milhares de sinapses que estão se formando neste cérebro maluco que possuo... ah, isto sim seria interesante, diferente, novo.
Opa! Estou perdendo meu foco, mais uma vez. Estou aqui porque queria escrever sobre... humm... já nem sei.
Essa vida de escritor não é fácil! Nem sempre escrevemos com a intenção de que outras pessoas leiam ou comentem, então porque nos preocupamos tanto em ter uma escrita entendível?