Quem sou eu

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Catanduvas, Santa Catarina, Brazil
Alguém... Nem tão complicada, nem tão simples. Alguém... Que adora ficar acordada na madrugada, que acompanha séries de TV, que cantarola qualquer coisa o dia todo, que não pode ver chocolate sem comê-lo, que ama o som da chuva, que sonha correr nas campinas da Itália, que se irrita com internet lenta. Alguém... Que gosta das coisas simples da vida como olhar uma criança brincar, ver as folhas das árvores cair, as nuvens criarem figuras, sentir nos pés a água gelada de um rio, que gostaria de ver um cometa ou uma estrela cadente, como chamamos. Alguém... Que faz as outras pessoas rirem, e muito, talvez pelo jeito estabanado de ser, pelas caretas esquisitas e pelas perguntas em horas impróprias. Alguém... Que agora toma emprestada as palavras inteligentes de Raul “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Não estava inteiro

Sentia queimando em mim a vontade de calor. Mesmo minha pele tocando a sua eu não conseguia senti-lo. Você apertou minha mão contra seu próprio corpo e eu sorri, mas gostaria de descobrir o que querias me dizer.
Eu sabia, não estava inteiro, estava quebrado, longe, angustiado. Eu procurei teus olhos, mas não os encontrei. Aqueles olhos buscavam o teto, o chão, os perímetros, mas não se fixavam em lugar algum.
Sentia o perfume que parecia desgrudar do teu cabelo, do teu corpo e entrar diretamente nas minhas narinas prendendo ainda mais a minha atenção.
Estava frio, distante, cego.

Senti aquele beijo que tocou minha bochecha, era quente, era cheio de carinho e queria dizer muito mais do que sua boca poderia.
Estava desatento.
Sentia a ternura, a vontade de ficar, de sorrir, de estar e de apenas estar apaixonada.
Estava indo embora. E foi.
E se não fosse aquele beijo... (teria ido para sempre).