Quem sou eu

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Catanduvas, Santa Catarina, Brazil
Alguém... Nem tão complicada, nem tão simples. Alguém... Que adora ficar acordada na madrugada, que acompanha séries de TV, que cantarola qualquer coisa o dia todo, que não pode ver chocolate sem comê-lo, que ama o som da chuva, que sonha correr nas campinas da Itália, que se irrita com internet lenta. Alguém... Que gosta das coisas simples da vida como olhar uma criança brincar, ver as folhas das árvores cair, as nuvens criarem figuras, sentir nos pés a água gelada de um rio, que gostaria de ver um cometa ou uma estrela cadente, como chamamos. Alguém... Que faz as outras pessoas rirem, e muito, talvez pelo jeito estabanado de ser, pelas caretas esquisitas e pelas perguntas em horas impróprias. Alguém... Que agora toma emprestada as palavras inteligentes de Raul “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.

domingo, 25 de julho de 2010

Pequena cidade

Por vezes percebo que és tão pequena que excede sua capacidade ao abrigar-me.

Óh cidadela, porque volta teus olhos somente à mim? Sei bem que seus poucos personagens entregam seus pensamentos quando me olham, não é difícil ler mentes aqui, já que todas pensam quase que roboticamente igual.

Esconde teus atrativos, encolhe seus desejos na incontinência de cada cidadão. Por que se sente tão amedrontado pequeno cidadão de minha pequena cidade? Não, não culpe os outros homens, firme-se, não cale, grite!

Com alguns poucos passos, não se vê mais o homem, escondeu-se novamente, esteve com frio e com medo por muito tempo, precisa mais para escapar das correntes do seu passado. Enquanto vou passando de vagar, deixo um legado que em dias futuros será conhecido. Sou livre.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Depois que o tempo acabar

Quando eu não mais existir:


Sabeis das dores que me causaste. Dores que me consumiram dia após dia.

Sabeis sobre o sentimento arrasador que me tomou ao perceber que o tempo não volta atrás para que algo possa ser mudado e por entender que nunca mais poderias ser o mesmo. Aquela imagem, aquela pessoa já não existe, você mudou.

Sabeis que minha loucura estava mesmo na minha sanidade enquanto eu pensava que podia raciocinar, enquanto eu pensava que podia viver, sonhar, realizar.

Sabeis que levaste minha paz para um lugar inatingível, fiquei perturbada e sem volta. Tentativas se deram para recuperá-la, foram vãs.

Sabei que tentei mudar de caminho, tentei encontrar novas pessoas, tentei cumprir com o que você mesmo me incitou: esquecer-te. Não encontrei em outrem as mesmas coisas que a ti pertenciam. Esperei com veemente esperança ver a beleza dos lábios que um dia se esticaram formando uma perfeita simetria, nunca pude ver o mesmo sorriso, também não mais ouvi as belas sinfonias que uma vez se faziam freqüentes, canções de flores, de ventos, de noites e de amores. Do mesmo modo que deixei de ver e ouvir, também não pude mais sentir, os poros de minha pele se enrijeceram com a frieza de tuas palavras, não mais senti o coração esquentar ou a visão clarear, tudo ficou escuro.

Sabeis que outro igual a ti não mais eu encontrei. E você ainda julgava que eu não era capaz de sentir amor.

O tempo passou, e o meu acabou.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Não te desejo torturas maiores do que as que sofro [...]. Desejo apenas que não nos separemos jamais. Se a lembrança de minhas palavras deverá desolar-te mais tarde, pensa debaixo da terra sentirei a mesma desolação e por amor de mim, perdoa-me!
Foram estas algumas das palavras as quais Emily Brontë escolheu para a personagem de "O Morro dos Ventos Uivantes" despedir-se, mesmo que inconscientemente de seu grande amor. Um amor sem medições, incondicional, vivificado, cravado em seu coração e em sua alma, vendo deste modo torna-se incompreensível a atitude de Caty ao atropelar tudo o que sentia por Heathcliff para cumprir o que a sociedade cobrava de uma moça de família na época. Casou-se com outro e se enganou durante todo o tempo de sua vida pensando que poderia amá-lo, mas foi só Heathcliff reaparecer para que ela não pudesse mais esconder as verdades de seu coração e não suportasse mais sentir a falta que Heathcliff fazia à ela. Pobre Caty, deixou o mundo dos mortais sem poder ficar efetivamente com Heathcliff.
Não valorize as coisas materiais a ponto de esquecer as simplicidades do coração.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Aos fofoqueiros, metidos, futriqueiros, enxeridos e afins:
Estas, as quais me refiro, tem uma capacidade que parece ser inata de distrorcer e aumentar os fatos. Nelas, ocorre um fenômeno no qual a língua parece ter vontade própria.
Tentamos descobrir ao que se deve este acontecimento:
> Falta de assunto: acham que se tocarem no nome de alguém que eventualmente é conhecido de um conhecido daquela pessoa estará se aproximando;
> Falta de ter o que fazer: na falta de atividades produtivas, o atrativo se torna a vida alheia;
> Egocentristo (cá para nós: cegueira), "Minha vida é perfeita, minha família é perfeita": este excesso de perfeccionisto implica em um ego muito, muito grande. Neste caso, a pessoa encherga todos os defeitos dos outros e de suas respectivas famílas, ainda levanta teses sobre o comportamentos dos fílhos dos outros alegando que são copiadores de seus pais.
> Fracasso, "Minha vida é chata, tão mediocre, eu não mereço isso...": neste caso, a pessoa não é capaz de ver mudanças em relação a sua própria vida e apenas fica lamentando ao invés de tentar melhorar. O pior de tudo é que acha que já que não consegue ser feliz, alimenta uma tremenda inveja de quem para ela é, tenta com sua língua afiada, destruir a auto-estima e a felicidade deles.
As pessoas falam de mais e fazem de menos, diria até que pensam de menos.