Quem sou eu

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Catanduvas, Santa Catarina, Brazil
Alguém... Nem tão complicada, nem tão simples. Alguém... Que adora ficar acordada na madrugada, que acompanha séries de TV, que cantarola qualquer coisa o dia todo, que não pode ver chocolate sem comê-lo, que ama o som da chuva, que sonha correr nas campinas da Itália, que se irrita com internet lenta. Alguém... Que gosta das coisas simples da vida como olhar uma criança brincar, ver as folhas das árvores cair, as nuvens criarem figuras, sentir nos pés a água gelada de um rio, que gostaria de ver um cometa ou uma estrela cadente, como chamamos. Alguém... Que faz as outras pessoas rirem, e muito, talvez pelo jeito estabanado de ser, pelas caretas esquisitas e pelas perguntas em horas impróprias. Alguém... Que agora toma emprestada as palavras inteligentes de Raul “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Impressões

Tempo de recomeçar... tive essa sensação quando vi a chuva cair a tardinha melando minha caminhada, mas recomeçar o que se nem comecei?
A rotina tomou todo meu tempo e mente, e hoje me vi perdida com tempo vago e cabeça livre. Deu até vontade de sonhar, mas sonhar por que se logo a correria tornará?
O que fazer?
Se fosse criança correria às pernas da mãe para que ela apontasse o caminho.
Se fosse adolescente simplismente faria, mesmo sem querer, mesmo sem pensar.
Se fosse velhinha me culparia por não arriscar.
MAS sou aquela que precisa fazer a escolha sozinha e que deveria saber o que quer - mas ainda tem o mesmo medo de criança lidando com a vontade de adolescente e desde já carregando a culpa de tentar ou não - mas não sabe.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Deus, como é bom ver teu sorriso!

E aqui estamos nós novamente,
De frente um para o outro,
Dessa vez sem som algum,
Apenas o que o vento traz e desperta na memória.
Você abaixa a cabeça, quer ir embora? E por que não vai?
Também penso se deveria estar aqui, e por que não saio?
-Deus, como é bom ver teu sorriso!
Então, acho que é isso, vou fechar meus olhos para imortalizar essa imagem,
E quando os abro vejo os seus, cintilantes, alegres, comunicativos.
Por que você se esconde? (Eu não sei).
Mas não posso mais me ariscar, não depois de todo esse tempo. A vez é sua.
(mas por Deus, como é bom ver teu sorriso!)
 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Quando os olhos falam

Cena 1: ela


Apressada terminava seus afazeres. Apresentação desleixada, calças largas, tênis, desengonçada trazia a mecha de cabelo para o lado certo da cabeça. Terminou. Ufa! Olha para o relógio, “recorde!”, pensa. Virou-se para sair.

Linha reta à sua frente...

Do outro lado do vidro estava ele em pé e parado, manuseava um copinho descartável de café, olhava para ela como se a penetrasse. A boca abriu, talvez palavras lhe quisessem saltar.

Ela sem jeito, com os olhos estalados, queria lhe sorrir. Em milésimos de segundos pensou ‘o que eu faço, o que eu faço’. Nisso já havia dado dois passos a frente. Sorriu, acenou, piscou, virou, abriu a porta e saiu. Não se viu atravessar a rua, entrou no carro. Respirou.

Cena 2: ele

Do outro lado do vidro fumê ele a viu, num vulto, entrando, cabelos esvoaçantes, expressão séria. Levantou-se, pegou um café e deu a volta se colocando à vista. Em dois goles acabou o café, mas ficou ali parado olhando-a, logo ela haveria de virar-se.

Virou-se, ele a fitou e se perturbou ‘mas o que seus olhos queriam dizer? profundos, tristes, piscaram, sumiram.

Cena 3: entre-linhas

Os dois se aproximaram em boa hora. Derepente eram a parte que faltava em um e outro. Se combinavam em seus olhares. Se entendiam nas diferenças. Podiam se ouvir. Podiam se aceitar. Poucos dias e eram velhos conhecidos. Uma fuga para outro mundo. Paz.

Um pressentimento...

Se agradeceram pelos momentos, talvez fosse o momento certo de separarem seus caminhos antes que o coração estragasse aquilo que se havia sentido. Ele desembarcou e quis abraçá-la, e assim se fez um abraço demorado entre os dois, se soltaram, fitaram-se e era como se ainda estivessem grudados, e embora as palavras tenham sido ‘até mais’ pareciam saber que não iriam mais se ver.

(O acordo do primeiro dia foi não se apaixonar)

Tic-tacs...dia, noite, vento, chuva, sol.

Ela entrou depressa. Ele a viu, levantou, pegou um café e se colocou à vista. Ela virou-se e lhe fitou.

Milhões de possibilidades limitadas pelo tempo, pelo sorriso e pelo gesto de cumprimento acompanhado de um sorriso sincero que seguiu a linha reta do brilho dos olhos dela que cruzavam com os dele.

Valeu a pena cada segundo. Um passado que não dói. Uma lembrança vivificada. Um tempo bom. Um aprendizado. Uma saudade.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Brisa


Estava sentindo o vento que parecia atravessá-la, sentia-se livre.
Acontecera tudo tão rápido... Agora via-se ao chão sem poder se mover. O corpo padecia sem forças. Chegara nova vertigem, os olhos pesavam e ela se fora levando naquela piscada a última luz viva.
Esteve caminhando, mas não tinha muitas coisas para se ver, esse caminho era meio vazio. Agora tinha alguém, não sabia quem, mas estava a guiá-la. Dalí podia ver um corpo ao chão, sentia pena dele, chegou a preocupar-se. Um sentimento de comoção tão grande a tomou tão logo informou convencida: “mas ela não vai morrer!” e lançou-se sobre o corpo pegando-o pelas mãos.
No repente a luz viva que havia prendido na última piscada era devolvida à terra.
Ouvia sons abafados, alguém gritou: - Ela acordou! Uns vultos a rodeavam e aos poucos as dores iam voltando, junto às lembranças de como fora parar ali.
Som de sirene. Estava salva.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Tributo I - no vento repleto de cor busca enfeitar a amargura, a minha vida que grita.

conheço a menina de cabelos lisos. às vezes ela me lembra muito a Alice no país das maravilhas, mas qualquer semelhança com o real é mera coincidência.

a menina de cabelos lisos conhecia um marcador do tempo, a saber, muito sábio. um dia ele a olhou e entre-dentes falou: “como o tempo vai e o vento vem”. é, assim mesmo, parecendo sem sentido, mas é preciso conhecê-lo para compreender suas filosofias, é verdade, ele nos conta muitas coisas, nada que não seja evidente, é claro, mas é preciso que ele nos conte as coisas das quais apenas desconfiamos.

a menina de cabelos lisos teve um palpite, mas tão logo o concebeu, simplesmente o desconsiderou. ela não poderia crer em algo infundado, era necessário buscar epistemologias e, logo, pôs-se em pesquisa. num meio tempo disse-me ela que se sentia “perdida sem razão”, é, assim mesmo, sem vírgula, jamais descobri se ela queria dizer que estava perdida sem motivação aparente ou perdida sem possuir a racionalidade.

lá ia a menina de cabelos lisos, seguindo os passos de uma conhecida Alice, vagando num céu e ao mesmo tempo mirabolando “se eu pudesse roubar as gotas de luar...”, a lua ouviu seu pensamento e ficou atenta. como poderia alguém querer roubar minhas gotas? pensava a lua, e foi logo falando à menina de cabelos lisos que isso era errado, trazendo a retórica da menina de cabelos lisos então me diz o que é certo e o que é errado”, e a  menina de cabelos lisos pode ver a surpreendente reação da lua: um riso! um riso que poderia significar que a lua havia ignorado a retórica (talvez a lua não soubesse a resposta) ou um riso refletindo a graciosidade que a menina de cabelos lisos tinha despertado nela. enfim, a lua inclina-se e põe suas estrelas no azul, onde tudo parece tão vago e surrealista, e a menina de cabelos lisos tocou em tudo e tocou também naquilo que não conseguimos decifrar. olhou para as estrelas no azul, para aquelas que imaginam pisar nas nuvens, viu tantas coisas que foge ao sentido da explicação.

o marcador do tempo agora se fazia ouvir em tic-tacs que anuciavam um amanhecer, a menina de cabelos lisos tapou os ouvidos com suas mãos pequeninas e fechou os olhos por um momento, então a barulheira pareceu diminuir e o cenário muda, a consciência fica ali parada alarmando coisas. a menina de cabelos lisos teve de dizer à consciência “não tenho nem uma bússola e nem mais uma pista” e a consciência estava tão cansada que cedeu o posto para a imaginação que tristonhamente dizia a menina de cabelos lisos “as vezes, o que vejo, quase ninguém vê”, disse assim mesmo, ainda sofisticado em sua simplicidade.

a menina de cabelos lisos ouviu uma voz familiar a qual lhe trouxe saudades, deu alguns passos até a porta (talvez pela mesma porta por onde entrará ali), tão logo começou a gritar “eu quero a chave, a chave da porta da frentee todas aquelas idéias saíram pela janela, espalhando loucuras, criando ilusões. o sol mandou suas gotas entregarem a chave da porta da frente para a menina de cabelos lisos e ela pode voltar para a voz enquanto pensava: inúteis classificações, ao menos, por enquanto.

Novamente em seu habitat ela refletia sobre as incertezas viciantes, e prejulgava: é a tal mania de desconhecer e rogava “e continuo querendo algo real”, assim debruçou-se em sua janela de onde podia ver seu mundo, começou a reclamar baixinho: e o vento a soprar nuvens cinzas para cá, e a alma cansada, penada se afunda no chão e tal qual a frase deixou-se afundar e cair em seus dilemas.

ah, menina de cabelos lisos... esse seria seu ciclo, essa seria sua saga, sua caminhada, seu destino e seu acaso, iria para sempre mergulhar nas incertezas incentivada pela curiosidade, mas adorando a racionalidade para onde sempre retornava, afinal ali era seu porto seguro e confiável, pode-se dizer até estável. vive a menina de cabelos lisos, sob alguns princípios básicos, dir-se-ia de passagem, faça-se como ela, encontre uma luz conveniente, saia da sombra.

tenham sempre em mente que a menina de cabelos lisos em algum momento dirá: abandonar-te-ei deveras necessário, e depois disso sairá de seu posto, reze para que ela volte se lhe for conveniente ou apenas tente conquistar uma poltrona e embarque nessa viagem com a menina de cabelos lisos.

P.S.: este devaneio fora produzido por meio de frases (filosóficas e épicas) de uma menina de cabelos lisos a qual tenho feroz admiração, não me darei ao deleite de “rasgação de sedas” aqui, o necessário sobre meus sentimentos por ela já foram ditos (pelo não dito). as frases desta geniazinha foram postadas em nicks de MSN, as mesmas estão destacadas, foram preservadas no ordenamento cronológico, inclusive decidi preservar as letras minúsculas pela vasta utilização destas pela menina de cabelos lisos. Há também que se destacar a presença assídua dos pontos finais ao término das frases, que só a menina de cabelos lisos sabe o valor de sua representação. Enfim vou tentar defini-la com alguns adjetivos corriqueiros: diferente, única, Ana Bárbara.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Um Despertar

Estava andando com a cabeça baixa.
Olhou para o céu sem querer.
O brilho da lua que se fazia cheia a seduziu e ela teve que parar para admirar aquela luz por alguns instantes.
Ah, o negro céu que era tocado pela luminosidade irresistível da lua. Algumas nuvens pareciam dançar para a lua e pareciam também desmanchar-se todas as vezes que pela sua frente passavam.
Ah, a lua tão longe da menina se fazia, mas tão perto estava por meio de sua imaginação.
Ah, a imaginação que a fazia se sentir nuvem naquela hora, imaginação que agora comandava seus braços a erguerem-se lentamente e que fez a chave, na sua mão, tilintar, tão logo ela acordou. Foi trazida à realidade. Olhou a estrada e por mais que quisesse pegar a esquerda e fugir, resolveu, por pura insegurança, pegar a direita e voltar para sua casa. Ainda não estava na hora dela fugir, pelo menos, ainda não.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

rosário de piscadas

E de repente ela se encontrou, viu-se sentada em uma cadeira flertando o nada, falando consigo mesma em silêncio, aquém a toda inércia ao redor, mantendo-se apática. Era o disfarce ideal para que ninguém pudesse captar a guerra e o terror que habitava em seu interior. A bolica dos seus olhos queimavam em chamas, isso não poderia ser visto à olhos crus.
A pior coisa do mundo acontecera.
A dor era insuportável.
Uma vez conhecida a felicidade perdê-la significava morte.
A felicidade dela se fora junto a vida dele, após aquele baque ensurdecedor da batida entre os carros.
Eles tiveram alguns poucos segundo para que seus olhos pudessem conversar.
Enquanto os olhos dela apenas diziam: fique comigo, os dele, semi-abertos diziam: sinto não ter muito tempo, então, saiba que a amo. O último piscar de olhos dela que ele pode ver dizia: eu vou morrer de saudade de você. Depois disso ele se foi.
A vida é rosário de piscadas, dizia a literatura de Monteiro Lobato.
Pisca e acorda, pisca e brinca, pisca e não acorda mais.
Desejo à vocês, meus amigos, um looongo rosário de piscadas.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Transe II

Hoje ela quis novamente sair e se perder
Hoje ela não abriu a janela do quarto para olhar a escuridão contrastar com as luzes que encandeciam pela cidade.
Hoje ela não abriu a janela do quarto para sentir a brisa noturna deslizar sobre sua face e gelar suas mãos
Hoje ela não abriu a janela do quarto para ver o mundo, mesmo sendo aquele recorte de mundo, de onde tudo partia, e sorrir
Hoje ela não imaginou, como acostumara, o que as outras pessoas estariam fazendo naquele exato momento em que ela só imaginava
Hoje não cantarolou, não exultou, não viu, não riu e nem chorou.
Hoje ela apenas deitou, seus olhos fecharam e algo ou alguém a cobriu
Depois disso nada mais coloriu e os seus olhos jamais abriu
Alguns pensaram haver um sorriso em sua face, os que acreditaram que ela conseguira realmente se perder
Outros julgaram ser apenas a expressão serena de quem finalmente se encontrou
Mas isto só ela sabia. No mais...
Hoje não teve som, hoje não teve lua.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Transe

Saiu e quis se perder.
Quis fugir a realidade que lhe castigava e lentamente foi navegando para um universo alternativo onde poderia se encontrar com maior facilidade. Como era bom estar neste local novamente, sempre que podia voltava. Ali apenas viviam flores, ao direcionar o olhar para o horizonte via-se um longo campo verde que se estendia a uma distancia que já nem seria possível prever. Lá ela revisitava velhos amigos, lá ela poderia escolher o ritmo e a melodia, lá ela se sentia segura para abrir os olhos depois de cada piscar, lá ela adoraria ficar todo o tempo do mundo. Era como se telas projetassem suas melhores lembranças e se pudesse revivê-las. Seus pés já nem tocavam o chão, talvez uma brisa a tivesse envolvido e a carregasse lentamente. Deparou-se com uma imagem, ela reencontrou a imagem do sorriso dele, aquele sorriso que despertava amor e destruição na mesma medida, desta vez não manteve o equilíbrio, houve apenas um momento, entre o cerrar e abrir dos seus olhos em que a brisa parou, ela sentiu novamente seus pés no chão, o calafrio e os olhares em sua volta, a música já não era a mesma. Inebriada não conseguia entender que estava de volta, de volta a realidade. Perdera a noção do tempo que esteve fora, e mal poderia lembrar o motivo que a trouxe de volta. Não sem sofrer novamente.
E logo ela se misturava ao fogo, a ventania e a escuridão, em volta, uma multidão, alguns a chamavam pelo nome, seriam pessoas amigas? Ela os ouvia e os atendia. Enquanto isso algo que habitava seu interior se fechava. E ela mesma, de dentro, olhava uma fenda se fechar enquanto era tragada para longe. E assim está aqui neste mundo, esperando um novo momento para se revisitar.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Amanhecer: recomeço

Eles se reencontraram em um amanhecer. Alguns dias antes de ela ir para longe, eram apenas amigos, depois de tudo. Embora, neste amanhecer, um olhar mudou tudo, algo acontecia em seus interiores, começando com uma leve friagem na barriga, mas, logo desviaram o olhar e encaminharam-se para uma despedida. No entanto, algo muito puro ficara no ar. Apenas um abraço e um largar de mãos, foi a cena que se deu. Cada um entrou no seu respectivo carro e dirigiram-se para suas casas. Quietos, ouvindo uma musica qualquer que lembrava muitas coisas, com algumas vontades em comum, mas muitas coisas para avaliar, antes de uma mudança de ideia em tão pouco tempo. Apenas abriram um leve sorriso e dormiram. Os dois dias que se seguiram foram estranhamente normais.
Ela seguiu seu rumo, sem saber se voltaria. Antes de dar o primeiro passo para dentro do avião passou em pequeno filme em sua mente, balançou a cabeça e se fez perder nas imagens. Voou até seu destino, encontrou seu novo lar e seguiu trabalhando. Fez amigos, foi aos consertos de rock, passou madrugadas acordadas. Viveu uma célebre paixão do jeito que sempre sonhara, foi muito feliz, sorriu de dentro para fora, cada vez que via o moço loiro e sorridente que se aproximava. Nunca fora tão completa.
Um dia, sua terra a chamou e com muito esforço teve que largar tudo o que construíra e voltar para suas raízes. A volta foi um pouco mais perturbadora. De volta, teria que se solidificar. Logo conseguiu um bom emprego em uma multinacional e continuou sua carreira.
Em um anoitecer caminhava pela cidade, com roupas esportivas, fone nos ouvidos, distraída bateu em alguém que também caminhava. Ao virar para pedir desculpas ela deu continuidade aquele olhar que havia se perdido à cinco anos atrás naquele amanhecer. Foi incrível, era como imã. As desculpas vieram juntas e gargalhadas. Logo, seguiram para uma mesma direção, diminuíram o passo e seguiram conversando, anoiteceu, tomaram um drink em um bar qualquer e decidiram ir para casa juntos, já que moravam na mesma direção. Pegaram uma chuvarada chegando em casa e riram muito disso tudo, ele pediu se ela queria esperar a chuva passar, ela resolveu aceitar. Subiram no elevador, agora quietos. Ela tomou um banho e vestiu uma camiseta dele. Saiu com os cabelos molhados e sentou no sofá, perto dele. Cruzaram um olhar que dizia mais que qualquer coisa. Ele falou o que sentiu e o que pensou naquele amanhecer, ela não falou nada, seria desnecessário para ele qualquer explicação, o olhar se estendeu. Ele foi chegando perto, eles ficaram muito perto um do outro, apenas sentindo suas peles e o respirar até que os lábios se tocaram e os olhos se fecharam. O som de Buckchery tomou conta da casa e os dois, finalmente se completaram, se deixaram levar. E, dessa vez, não se separaram no amanhecer.

domingo, 13 de março de 2011

Crise "escritorial"

Estou sofrendo de uma falta tremenda de imaginação ou inspiração. O fato é que eu necessito escrever, esta necessidade está gritando para que eu a cumpra. Não consigo simplesmente escrever sobre um ou outro assunto. A cabeça deste “projeto de escritor” está uma bagunça só, é um atropelo de informações sem fim. Oh, se eu pudesse ver com estes mesmos olhos que agora percorrem cada letra surgir na tela desse monitor as milhares de sinapses que estão se formando neste cérebro maluco que possuo... ah, isto sim seria interesante, diferente, novo.
Opa! Estou perdendo meu foco, mais uma vez. Estou aqui porque queria escrever sobre... humm... já nem sei.
Essa vida de escritor não é fácil! Nem sempre escrevemos com a intenção de que outras pessoas leiam ou comentem, então porque nos preocupamos tanto em ter uma escrita entendível?

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A FELICIDADE É TUDO ISSO

Algumas vezes paro para pensar na vida e sempre me pergunto se sou feliz, a resposta que encontro é que sim, eu sou feliz.
Muitas pessoas encontram a felicidade ao comprar um carro novo, viajar ou comprar roupas novas, já outras pessoas ficam felizes ao chegar em casa e ter um pedaço de pão para alimentar seus filhos, ou sair para dar um sorvete pra eles ou então levá-los ao cinema.
Em uma dessas vezes que eu falava com meu pensamento, descobri que a felicidade não está presente somente nos bens materiais.
Pois porque então eu daria valor aos meus amigos? Vê-los alegres e realizando seus sonhos me deixa muito feliz...
Porque eu daria valor à menina que eu amo? Aquele sorriso, aqueles olhos e o seu jeito de ser me fazem feliz...
Porque eu ficaria feliz por ter meus pais comigo? São a melhor coisa que tenho...
Porque fazer alguém feliz me faria feliz?
Passei a dar valor às coisas simples da vida, pois essas estão presentes nas horas boas e naquelas ruins, percebi que para Deus não há diferença entre ricos e pobres, para Ele somos todos iguais, então cada dia antes de dormir agradeço por mais um dia em que fui feliz e ao amanhecer lembro que tenho mais um dia para fazer a diferença e ser feliz novamente apesar do que aconteça.
Viva a vida com amor, ame tudo e a todos ao seu redor como se isso fosse o fim, você irá perceber que é feliz e não sabe, perceberá que se dermos valor à vida receberemos muito mais do que esperamos.
Porque felicidade é tudo isso ...

Raphael Bragagnolo