Quem sou eu

Minha foto
Catanduvas, Santa Catarina, Brazil
Alguém... Nem tão complicada, nem tão simples. Alguém... Que adora ficar acordada na madrugada, que acompanha séries de TV, que cantarola qualquer coisa o dia todo, que não pode ver chocolate sem comê-lo, que ama o som da chuva, que sonha correr nas campinas da Itália, que se irrita com internet lenta. Alguém... Que gosta das coisas simples da vida como olhar uma criança brincar, ver as folhas das árvores cair, as nuvens criarem figuras, sentir nos pés a água gelada de um rio, que gostaria de ver um cometa ou uma estrela cadente, como chamamos. Alguém... Que faz as outras pessoas rirem, e muito, talvez pelo jeito estabanado de ser, pelas caretas esquisitas e pelas perguntas em horas impróprias. Alguém... Que agora toma emprestada as palavras inteligentes de Raul “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Brisa


Estava sentindo o vento que parecia atravessá-la, sentia-se livre.
Acontecera tudo tão rápido... Agora via-se ao chão sem poder se mover. O corpo padecia sem forças. Chegara nova vertigem, os olhos pesavam e ela se fora levando naquela piscada a última luz viva.
Esteve caminhando, mas não tinha muitas coisas para se ver, esse caminho era meio vazio. Agora tinha alguém, não sabia quem, mas estava a guiá-la. Dalí podia ver um corpo ao chão, sentia pena dele, chegou a preocupar-se. Um sentimento de comoção tão grande a tomou tão logo informou convencida: “mas ela não vai morrer!” e lançou-se sobre o corpo pegando-o pelas mãos.
No repente a luz viva que havia prendido na última piscada era devolvida à terra.
Ouvia sons abafados, alguém gritou: - Ela acordou! Uns vultos a rodeavam e aos poucos as dores iam voltando, junto às lembranças de como fora parar ali.
Som de sirene. Estava salva.