Estava sentindo o vento que parecia atravessá-la, sentia-se livre.
Acontecera tudo tão rápido... Agora via-se ao chão sem poder se mover. O corpo padecia sem forças. Chegara nova vertigem, os olhos pesavam e ela se fora levando naquela piscada a última luz viva.
Esteve caminhando, mas não tinha muitas coisas para se ver, esse caminho era meio vazio. Agora tinha alguém, não sabia quem, mas estava a guiá-la. Dalí podia ver um corpo ao chão, sentia pena dele, chegou a preocupar-se. Um sentimento de comoção tão grande a tomou tão logo informou convencida: “mas ela não vai morrer!” e lançou-se sobre o corpo pegando-o pelas mãos.
No repente a luz viva que havia prendido na última piscada era devolvida à terra.
Ouvia sons abafados, alguém gritou: - Ela acordou! Uns vultos a rodeavam e aos poucos as dores iam voltando, junto às lembranças de como fora parar ali.
Som de sirene. Estava salva.