Eu queria escrever uma história feliz, mas na
verdade eu não sei como essa história acaba e... também, eu não queria ter um
fim pra escrever tão logo.
Talvez seja essa a graça de se viver histórias,
justamente porque não se sabe o que vem depois. Só se vive e se espera. Se espera
do modo esperançar, se acredita e até se credita em coisas. E se sonha, ah...
como se sonha, porque aí sim o mundo parece perfeito. E é! É porque o mundo
organiza as coisas e as pessoas, e nele tem lugar para tudo.
Mas aí vem o senhor tempo que pode ser benevolente
ou ultra violento, sagaz, fugaz, e se pode deixar apenas marinar, não se apressar,
deixar rolar. Por que tem coisa que a pressa não deixa ver, a beleza, é
exemplo.
Ah, sim, a beleza que fora cortejada pelos gregos
continua presente, mas cada um vê a seu modo. Não tem mais padrão.
Porque temos olhos, olhos de olhar a vida, de ver o
mundo, de enxergar coisas que as vezes não são vistas por outrem.
E por fim temos um coração, que atropela tudo aquilo
que eu disse antes (a história, o tempo, os olhos...) simplesmente porque ele
não pede permissão para fazer aquilo que tem certeza que nasceu pra fazer:
SENTIR, e só... sentir, sem ponto final
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