Memórias são
sempre oportunas seja pra lembrar-se das coisas que precisa repetir ou daquelas
que você jamais poderia viver de novo. A memória nos é interessante, pois pode
nos dar suas formas sempre que precisarmos. Ela é arremessada à frente dos
nossos olhos e se dissipa num piscar.
...
Senti um
rebobinar de lembranças que iam se desdobrando e tornando pra uma caixa onde eu
as guardei. Sim, eu as guardei porque elas ainda eram boas, eu somente não
poderia usá-las neste momento e nos próximos que viriam, por um tempo.
Do
avião de papel e da flor amassadinha...
Do
abraço e daquele beijinho...
Das
mãos juntinhas dentro do bolso...
De
uma cabeça baixa e de um beijo na testa...
De
estórias sobre fuscas...
De
duas pessoas debaixo de uma sombrinha e de uma crise de riso...
Do
desespero e do desapego...
Da
vontade reprimida e do pensamento perigosamente perseguidor...
De
ter que desviar...
De
estar perto e sentir tão longe...
De
te ver ir e te querer voltar...
De
uma péssima verdade...
De
dois caminhos que se separam...
De
duas pessoas que se afastam sem querer, mas por não poder.
Porque a luta
cansa e a perseverança morreu e matou a menina dos olhos daquele nosso último
olhar.
E se desfez num
mar de desesperança, de uma opção de não se tentar e de não querer errar, outra
vez, mais uma vez. Sobre o que poderia incertamente ser acerto ou acertado, em
algum momento.
E se desfez na fantasia de um mundo, que não é esse, como a história de uma bailarina e de um soldado de
chumbo.
em suas palavras achei um pedacinho de mim me identifiquei e amei... lindo *u*
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