Quando eu não mais existir:
Sabeis das dores que me causaste. Dores que me consumiram dia após dia.
Sabeis sobre o sentimento arrasador que me tomou ao perceber que o tempo não volta atrás para que algo possa ser mudado e por entender que nunca mais poderias ser o mesmo. Aquela imagem, aquela pessoa já não existe, você mudou.
Sabeis que minha loucura estava mesmo na minha sanidade enquanto eu pensava que podia raciocinar, enquanto eu pensava que podia viver, sonhar, realizar.
Sabeis que levaste minha paz para um lugar inatingível, fiquei perturbada e sem volta. Tentativas se deram para recuperá-la, foram vãs.
Sabei que tentei mudar de caminho, tentei encontrar novas pessoas, tentei cumprir com o que você mesmo me incitou: esquecer-te. Não encontrei em outrem as mesmas coisas que a ti pertenciam. Esperei com veemente esperança ver a beleza dos lábios que um dia se esticaram formando uma perfeita simetria, nunca pude ver o mesmo sorriso, também não mais ouvi as belas sinfonias que uma vez se faziam freqüentes, canções de flores, de ventos, de noites e de amores. Do mesmo modo que deixei de ver e ouvir, também não pude mais sentir, os poros de minha pele se enrijeceram com a frieza de tuas palavras, não mais senti o coração esquentar ou a visão clarear, tudo ficou escuro.
Sabeis que outro igual a ti não mais eu encontrei. E você ainda julgava que eu não era capaz de sentir amor.
O tempo passou, e o meu acabou.
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